Bruno de Carvalho lança novo ATAQUE feroz a Luís Filipe Vieira

O presidente do Sporting voltou a atacar Luís Filipe Vieira e fez um extenso texto onde acusa o líder encarnado de ser o "guru", de estar por detrás das medidas propostas pelo G-15, liderando uma "tríade de fiéis escudeiros" formada por António Salvador (SC Braga), Carlos Pereira (Marítimo) e Rui Pedro Soares (Belenenses).

Na mesma publicação, o presidente do Sporting atribui o pretenso comportamento do homólogo do Benfica a uma tentativa de «desviar atenções» numa altura em que, salienta o líder leonino, o rival da Luz «está a desinvestir por falta de dinheiro», «os bancos tomaram o controlo do clube», está «sob investigações gravíssimas» e tem de «nivelar o futebol por baixo para poder ter alguma esperança de futuro.»

bc-porco

Publicação na íntegra:

2 EPISÓDIOS DA NOVELA: A BELEZA DO FUTEBOL ESTÁ NO JOGO…

2. O famoso G15-3: O Guru e as Marionetas

Este episódio vai ser longo, mas aconselho mesmo a sua leitura atenta. Os bastidores do futebol só mudarão quando forem totalmente denunciadas e conhecidas as manobras que aí se fazem. É importante perceber quem faz, como faz, quando faz e porque faz. É elementar em qualquer “investigação”.

A foto revelada hoje do encontro de Luís Filipe Vieira – o “Guru” do G15-3 – com o seu “Testa de Ferro”, António Salvador, só vem confirmar a pena que sinto por, neste grupo, existirem clubes que ali estão imbuídos de um espírito positivo mas que nunca imaginaram estarem a servir de marionetas. Mas, a verdade, é que estão.

Então vamos a isso!

A) Quem faz?

O Guru Luís Filipe Vieira mais a sua tríade de fiéis escudeiros a dar a cara: António Salvador (que garantidamente sabe de onde acata as ordens), Carlos Pereira e Rui Pedro Soares, que ou sabem ou andam muito distraídos.

B ) Como faz?

Luís Filipe Vieira foi dando as suas ordens a partir de fora e, depois, a tríade ficou de fazer o papel “diplomático” perante os restantes clubes. O lema escolhido foi os pequeninos contra os grandes… E quem de nós, na sua infância, não sonhava bater nos mais velhos e ser o rei lá da escola? É pegar em pessoas genuínas, boas, ingénuas e convencê-las que, para seu bem, têm de lutar contra os Adamastores do futebol. Mas deviam ter-lhes dito que estavam a ser enganados, e que andavam a fazer de Dom Quixote a lutar contra moinhos de vento e a ver monstros que queriam fazer mal à sua donzela. Nada a ver com futebol. Psicologia e política pura!

C) Quando faz?

Quando se está a desinvestir por falta de dinheiro. Quando os bancos tomaram o controlo do clube. Quando estão sob investigações gravíssimas e têm de desviar atenções para todo o lado. Quando têm de nivelar o futebol por baixo para poderem ter alguma esperança de futuro.

E, se não, pensemos juntos. Se isto tudo é só para a próxima época, porquê fazer agora, no meio do furacão “vouchers/emails/jogos para perder/etc…? Com Paulo Gonçalves – o estratega – como arguido, com o nome do seu clube cada vez mais descredibilizado, que melhor táctica do que pôr outros clubes “pequenos” a dar a cara por mudanças no futebol, que o benfica quer ver implantadas mas não pode dar a cara por elas?

D) Porque faz?

No ponto anterior já deixei notas importantes do porquê. Mas vamos analisar mais a fundo.

– APAF

Querem passar a mão pelo pêlo da APAF, numa atitude completamente hipócrita, quando nunca antes se preocuparam, como fez o Sporting CP na minha direcção, de os ouvir, de lhes dar as suas ideias, de os ajudar a ter melhores condições, de lutar pela sua credibilização e dignificação, de lutar pela introdução do VAR na FIFA e na UEFA. Agora tudo vale. Aliás, Carlos Pereira até disse, em tom de brincadeira quando filosofava sobre as coisas boas desta revolução contra a Liga e contra os “grandes”, que a APAF devia ter escutas nas reuniões do G15-3 pois copiaram as suas propostas. Enfim! Nenhum clube que se preze apoia de facto a Lei da Rolha, nenhum clube que se preze apoia que se calem dirigentes e agentes desportivos para se apoiar quem tem como política uma rede de cartilheiros que usam e abusam do terrorismo comunicacional e que andam a revelar dados íntimos dos árbitros, as suas moradas, os seus hábitos, etc. Nenhum clube que se preze apoia que se auto-punam os seus presidentes, ao ponto de proibirem que os mesmos possam assistir aos jogos até nas bancadas. Nenhum clube que se preze coloca nas mãos de outros a possibilidade de os levar à falência, com a possibilidade de aplicações de multas que podem ir até aos 200 mil euros, e que depois têm uns factores de ponderação que ainda não se percebeu se é para se dividir esses 200 mil euros ou incrementar. Se for para incrementar, com o factor que querem para os que chamam “grandes”, será 200 mil x 6 que é tão só 1 milhão e duzentos mil euros!!!

Os clubes devem ser os primeiros a quererem recentrar o futebol onde deve ser: nos clubes. Sem clubes não existem jogadores, treinadores, árbitros, conselhos de arbitragem / disciplina / justiça, não existem UEFAS nem FIFAS. Não existe futebol!

Vivemos num estado de direito e, para além das multas e dos castigos já serem neste momento exagerados, existem os tribunais comuns para quem se sentir ofendido, denegrido, coagido, chantageado ou qualquer outra coisa se poder dirigir e recorrer. Como, aliás, eu fiz em relação a Meirim. Vamos ser sérios e falar a sério. Em relação à arbitragem, o caminho não pode ser a Lei da Rolha e multas que levem os clubes à falência, colocando as coisas num patamar em que, quem queira dar a sua opinião é tratado como um criminoso homicida, violador ou torturador. Temos de trabalhar na autonomia total da arbitragem. Num organismo próprio. Na sua profissionalização. Na sua formação constante e contínua. No investimento numa carreira de video-arbitro para aqueles que estão agora no activo, e que, ao terminarem a carreira, possam seguir essa profissão. Na transparência e no conhecimento das notas e relatórios. Nos árbitros poderem falar depois dos jogos e poderem fazer auto-critica, se for caso disso. De aproximar os árbitros e os clubes num diálogo permanente.

Temos de trabalhar a sério e não filosofar para deixar tudo na mesma. Estas propostas que foram aprovadas não são sérias e nada resolvem. Só vão falir clubes, denegrir a imagem dos mesmos e apoiar quem tem um polvo de cartilha bem oleado.

– A questão dos empréstimos e do que já está agora a ser programado de limitar os planteis a 30 atletas acima dos 19 anos.

Isto faz-me lembrar as saídas ridículas da FPF que, para não aprovar medidas pedidas pelos clubes, recusa dizendo que o futebol amador não as consegue realizar e por isso não pode aceitar. É sempre o nivelar por baixo! Depois querem vencer competições europeias e mundiais. Que D. Afonso Henriques agradeça ao Sporting CP e à sua formação por ter dado a Portugal 10 dos 14 jogadores que finalmente tornaram Portugal Campeão Europeu!

Qual a desculpa usada: o benfica tem centenas de jogadores e usa os mesmos para controlar os “pequenos”. Isto deve ter sido mudado consuante quem ia sendo o receptor. Assim iam limitar ao máximo de 6 jogadores emprestados, sendo que por equipa só podia ser 1. Mas que tiro no pé, pensei eu… então os clubes portugueses vão passar a ser barrigas de aluguer de clubes estrangeiros visto neste caso não haver limitações? Um duro golpe para o futebol português e para os atletas portugueses.

Mas calma. Isso será sem dúvida uma realidade, mas o truque de “mestre” está para vir… o limitar os planteis a 30 jogadores! A matemática dos merceeiros ou trolhas: 24 atletas no plantel e 6 para emprestar. Simples! Mas como convencer os restantes clubes para além da tríade? É o discurso do chico esperto. Deve ter sido mais ou menos assim:

Escutem bem esta maravilha. Vamos comer os grandes! Se eles só puderem ter 30 jogadores, têm de nos oferecer os outros todos… E passam a ser nossos! Vejam bem, nossos! Assim eles formam os jogadores e têm de nos oferecer os excedentes de 30. É ou não um golpe de mestre? E todos bateram palmas…

Vamos falar a sério:

1. Quem foi o único clube dos “grandes” cuja proposta eram os jogadores emprestados poderem jogar contra quem empresta? O Sporting CP. Porque é que no final apoiou que não pudesse ser assim? Porque fez a seguinte declaração: “Temos visto que apenas os nossos jogadores emprestados é que jogam contra nós. Os restantes estão sempre doentes. Se for para continuar assim, então que se acabe a hipocrisia e se proíba de vez. A nossa proposta sempre foi, mesmo emprestados, poderem jogar contra a equipa que empresta;

2. Porque é que os “pequenos” nunca denunciaram clubes que compravam jogadores que sabiam que eles queriam e que nem paravam na “casa de partida” indo directamente emprestados para eles? Isso convinha porquê? Era em troca de quê? Porque é que era bom na altura e agora já não é? Porque o Guru vai ter de desinvestir, pois a isso está obrigado?

3. E será que algum dos presidentes da tríade pode explicar porque é que tem jogadores que são do seu clube, e não emprestados, que estão sempre doentes e não jogam contra a equipa de origem? É assim que vai funcionar nesta teoria dos apenas 30 jogadores por plantel? É isso que planeiam? Vai continuar tudo na mesma mas ainda mais hipócrita, é isso?

4. Porque não explicam aquelas frases na célebre reunião de Fátima, que eu abandonei, no tempo do Mário Figueiredo, em que o Guru dizia para outros presidentes: devolva-me mas é os milhões que lhe emprestei quando precisou! O que significa isto? Precisou e emprestei? Mas isto é assim no futebol? Depois vamos dar como desculpa que depósitos feitos são por jogadores que tiveram que sair pelo limite dos 30 no plantel? Vamos facilitar ainda mais estes “procedimentos”?

– Factor de ponderação:

Proposta do G15-3:
1 / 1.5 / 2 / 2.5 / 6!!!

Isto é como eles querem afectar o pagamento das cotas de direitos televisivos e os pagamentos de multas…

Desculpa dada: Não esteja preocupado presidente, assim deixam de ter de pagar para ter equipa B. Mas com um plantel de 30 onde podemos ter equipa B? Querem fazer todos de parvos? Para mim, perfeito! Eu não queria revalidar a equipa B para este triénio e só o fiz para ajudar os clubes da 2a Liga, e disse na FPF que o benfica também queria acabar com a sua equipa B, mas tinha medo de o dizer para não ter os clubes da 2a Liga contra eles. Ora cá está a solução! Não têm porque não lhes deixam ter! E a 2a Liga já percebeu o dinheiro que vai perder do operador por deixarem de existir equipas B dos “grandes”. Era um bom dinheiro que recebiam por essas transmissões.

E todo aquele choradinho que tive de ouvir na FPF de que as equipas B têm sido fundamentais para o desenvolvimento das Selecções Nacionais? Agora como é o Guru que não quer já não falam disso? E os clubes passarem a ser barrigas de aluguer de clubes estrangeiros também é bom para as Selecções Nacionais? Só têm coragem de falar quando é contra o Sporting CP? É isso o vosso murro na mesa? A vossa indignação? Ou, afinal, as declarações e actos de valentia só contam quando agradam ao Guru?

E o factor de ponderação ser 6? Significa que o que agora é 2.500 euros passa para cerca de 19.000 euros. Que é isto? Diz o Salvador, “o Braga também foi prejudicado”! Coitado fica com um factor de ponderação de 2.5! Estamos a brincar? Então afinal os “grandes” são os males de todo o futebol, mas têm de pagar quase tudo? Mas afinal os “grandes” são os males de todo o futebol, mas vão ter de oferecer os seus jogadores?

E questionados sobre o porquê desta diferença de ponderação responderam: “Tem a ver com as receitas”. Estes trolhas levaram as suas empresas de construção à falência desta maneira. Explico: fechavam obras de 100 milhões de euros e iam aos bancos, e com esses contratos recebiam por antecipação esses 100 milhões. O problema é que as obras custavam 150 ou 200 milhões. Até que veio a Troika e a “bolha” rebentou. O argumento das receitas é uma falácia pouco séria:

– Então e os custos? Se é por critérios financeiros então devia ser pelas dívidas, pois mais receitas pode não significar ter mais para dar;
– E esse critério de ponderação também será dado aos votos nas AG`s ou será apenas o sistema de chico-espertice e chulismo a funcionar?

Espero que depois desta foto que esclarece tudo isto, os clubes de gente boa e honesta que estão no G15-3 saiam do mesmo e deixem de ser marionetas de um Guru que, como sempre, não dá a cara e tem quem a dê por ele.

Vamos mas é trabalhar juntos e lutar pelos direitos dos clubes: Totónegócio, fatia de Leão das receitas das apostas, IVA, horários dos jogos com antecipação e com atenção a quem quer ir aos estádios, autonomia e profissionalização da arbitragem, modelos de sustentabilidade do futebol profissional (1 e 2 Liga) e deixar de pensar pequeno e pela cabeça dos outros!

Nada é por acaso, e aquela frase de Salvador à saída daquela AG miserável: “Espero que o Sporting CP e o FC Porto façam o mesmo que o benfica”, está agora justificada. O amor declarado ao Mestre Guru. No Sporting CP pode ter a certeza que nunca o faremos, pois nós somos, e sempre seremos, a favor da verdade desportiva, da credibilização e da dignificação do futebol português!

Fonte: abola.pt

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