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Jorge Ferreira: “Faz-me aquela comichão… que o Xistra, em cada 10 jogos, faça 8 do FC Porto”
Questionado sobre um alegado clima de medo que possa existir na arbitragem, na longa conversa na “Quarentena da Bola”, Jorge Ferreira nota que “nós sabemos que isto está de tal forma…”.
“Eu não tenho nada a ganhar. Só ganho a verdade. Eu ganho é a verdade”, disse, negando que queira algum cargo na estrutura da arbitragem.
“Não posso aceitar que um árbitro assistente com 46 anos continue na arbitragem, estou só a dar um exemplo, e um árbitro de 30 da mesma divisão, que tinham uma margem muito grande para ser internacional, não”, explicou o ex-árbitro.
“Então vai-se aumentar o quadro para mais uma pessoa, um árbitro como o Carlos Xistra, que chega ali, que em dez faz oito jogos do FC Porto e dois de outro clube qualquer, isto a mim faz-me confusão. Faz-me aquela comichão. Pronto”, desabafou.
Confrontando sobre presentes que é comum os árbitros receberem até um determinado valor, Jorge Ferreira lembra que a própria UEFA determina um certo valor para que os árbitros sejam brindados com objetivos locais das localidades que visitam para apitar um jogo.
“Não é por aí que o gato vai às filhoses, como se costuma dizer”, rematou.